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Como será o futuro do trabalho? Pesquisa aponta novas habilidades exigidas pelo mercado

Não é mais novidade para ninguém que a pandemia do novo coronavírus transformou a rotina nas empresas e a forma como trabalhamos. Mas quais são as tendências para os próximos meses? Como será o futuro dos negócios? Quais segmentos estão mais aquecidos? Quais habilidades serão mais exigidas? A recente pesquisa “Demanda por talentos no cenário atual”, realizada pela Robert Half, consultoria global de recrutamento especializado, traz alguns resultados e ajuda a elucidar esses pontos.


Pelos dados do relatório, que consultou 1,5 mil executivos responsáveis por contratações em companhias de pequeno, médio e grande portes, de países como Alemanha, Bélgica, Brasil, França, Reino Unido e ainda colaboradores de Austrália, Alemanha, Bélgica, Brasil, França, Holanda e Reino Unido, há uma perspectiva positiva de crescimento neste segundo semestre de 2021.




Entre os entrevistados brasileiros, 43% dos recrutadores disseram estar muito confiantes; 48%, um pouco confiantes, e, 8%, nada confiantes. Em se tratando dos profissionais, 59% avaliaram suas perspectivas de carreira em comparação a 12 meses atrás como mais positiva; 20% como sem mudanças e 20% como mais negativa.


"O Brasil se mostrou o país mais confiante. É interessante, mas ao mesmo tempo algo que já esperávamos, e o que justifica isso é que o povo brasileiro é otimista por natureza. Mas também temos visto por aqui expansão das oportunidades de negócios devido à covid-19, aumento considerável da abertura de novas posições no mercado e movimento de IPOs na B3. Tudo isso ajuda bastante nessa confiança", analisa Maria Sartori, diretora de recrutamento da Robert Half. "O que também contribui é o ritmo de digitalização e adoção de novas tecnologias e os estímulos à economia", acrescenta.


A pesquisa também identificou a consolidação do “work from everywhere” (ou "trabalho de qualquer lugar"), com a crise santinária contribuindo significativamente para a evolução dos modelos remoto e híbrido e abrindo espaço para a busca por talentos nas mais diversas localidades. Para se ter uma ideia, em 2019, apenas 5% das posições trabalhadas pela consultoria eram remotas. A partir de março de 2020, 80% passaram a ser entre 75% e 100% remotas, com exceção das vagas em serviços considerados essenciais.


Diante de toda essa transformação, 95% dos excutivos participantes afirmaram que, mesmo após o fim da pandemia, continuarão fazendo movimentações nas organizações para que o futuro do trabalho seja parte em casa ou em outro local acertado entre funcionários e superiores e parte no escritório. A possibilidade de oferecer mais flexibilidade ao colaborador e melhorar sua qualidade de vida são os principais benefícios apontados.


"O mundo do trabalho mudou. Nós que somos recrutadores já tínhamos esse sentimento, mas quando fizemos a analise estatística dos dados e conversamos com profissionais do mundo todo, percebemos que mudou muito rápido mesmo. É um ambiente completamente diferente do que tínhamos no pré-pandemia e que deverá passar por ainda mais alterações. Vai ser uma evoluão constante", observa Maria.


Mais alguns números coletados no estudo foram os seguintes: 61% dos trabalhadores se identificam como “homesteader” (que preferem o home office), 21% como “office dweller” (que adoram o clima do escritório), e 15% como “coffee shop traveller” (que preferem trabalhar de outros lugares). Quando perguntados como se sentem com a possibilidade de retorno ao escritório, mesmo em um modelo híbrido, 43% indicaram que não veem a hora, 30% que sentem-se apreensivos, 15% que já estão atuando dessa forma e 12% que estão no escritório em tempo integral.


Posições e habilidades mais demandas

O levantamento da Robert Half também apontou as TOP 5 indústrias que mais estão contratando e seguirão aquecidas até o final do ano. São elas: serviços financeiros, tecnologia, e-business/e-commerce, saúde e construção. Em relação às funções mais demandadas, para CTOs/CIOs são segurança de dados, business Intelligence, cloud, administração de banco de dados e gerenciamento de redes/sistemas; para CFOs, planejamento financeiro, análise financeira, gestão contábil, payroll e gestão fiscal; e, para, gerentes de contratação em geral, vendas (incluindo televendas), gestão/administração, gestão de projetos, recursos humanos e e-commerce/marketing digital.


Ao mesmo tempo em que as ofertas de trabalho aumentam, cresce a lista de habilidades exigidas para exercer as posições, uma resposta ao processo de aceleração provocado pela pandemia. Na visão dos recrutadores entrevistados, os candidatos precisam demonstrar um conjunto de skills mais abrangente e diverso, com foco no aprimoramento estratégico e de planejamento, na necessidade de uma comunicação mais assertiva e colaborativa com a equipe, na capacidade de trabalhar de forma mais flexível/remota e no surgimento de novas responsabilidades.


"O que temos visto é que as habilidades técnicas têm que ser cada vez mais acompanhadas das habilidades comportamentais. Estamos chamando isso de habilidades hídridas. Por exemplo, para as posições de tecnologia da informação, além de tudo o que já era demandado, o profissional agora também deve ter habilidades focadas no cliente. Para as cadeiras de finanças e contabilidade, é preciso pensar cada vez mais criativamente e, para as de marketing e comunicação, ter capacidade analítica, fazer estudo estatístico e até mesmo saber programar", aponta Maria.


Nos próximos meses, para 69% dos profissionais, a transformação digital vai exigir ainda mais qualificação dos candidatos na busca por um emprego. Mas, ao que tudo indica, eles deverão estar preparados para isso. Pelo estudo, 37% afirmaram querer aperfeiçoar habilidades tecnológicas até o final do ano, 32% as competências de comunicação e 28% as de planejamento e organização.


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