Transformar a cultura para impulsionar o negócio
Atualizado: 20 de jun.
Por trás dos maiores negócios de sucesso estão comportamentos que materializam estratégias. Quando as ações e crenças da organização não se conectam aos objetivos estabelecidos no nível executivo, há um desperdício de recursos, de tempo e de talentos. Imagine caminhar quilômetros, só para descobrir que a cada passo você fica cada vez mais longe do seu destino.
É isso que acontece quando a cultura da organização está desalinhada da estratégia do negócio.
Por isso, é fundamental fazer uma gestão permanente de cultura, com diagnósticos para entender quais comportamentos estão guiando a tomada de decisões e para conferir se a estratégia e os objetivos seguem no mesmo ponto do mapa, afinal, as dinâmicas de mercado exigem constantes revisões na rota.
O primeiro passo para garantir uma cultura alinhada à estratégia da empresa é conseguir mapear os padrões culturais que norteiam comportamentos no dia a dia, manifestos nos diferentes níveis e áreas da organização. Toda a empresa tem os seus, afinal a cultura se refere a padrões de comportamento que são encorajados, desencorajados ou tolerados por pessoas, símbolos, narrativas, ritos e sistemas.
É um exercício imersivo, que demanda pesquisa quantitativa, grupos focais, modelagem estatística e uma série de outras ferramentas que ao final vão resultar em um algoritmo cultural.
Esse algoritmo cultural reflete, como um espelho, o que está funcional ou disfuncional na cultura. Além disso, revela quais são os caminhos mais efetivos para realizar os movimentos culturais necessários para alavancar os resultados e o engajamento das pessoas rumo à entrega da estratégia.
O segundo passo é entender como esse algoritmo cultural está se comunicando com os valores e objetivos que a empresa estabeleceu de forma estratégica. Construir uma nova cultura não significa negar o passado, mas avaliar o que faz sentido manter, reforçar ou mudar diante de uma realidade que nos convida constantemente a refletir e evoluir.
Na Ultracargo, que está passando por um processo de mergulho na cultura face a um novo momento estratégico, identificamos que dois valores que já são cultivados conversam muito bem com os objetivos do negócio: governança e sustentabilidade. E um dos valores prioritários está sendo consolidado como inegociável: a segurança.
O desafio maior aparece nos padrões que precisam ser recalibrados. Para dar movimento ao compromisso de transformar, frequentemente é necessário mexer em ambientes físicos, processos, nomenclatura de cargos e em símbolos de poder. É preciso incentivar novas atitudes que até então não eram recompensadas e desestimular práticas que por décadas foram padrão no ambiente corporativo.
Tudo isso, leva a um desconforto temporário, afinal experimentar uma forma nova de fazer as coisas exige coragem e abertura para o novo. E agir com coragem faz parte da nova cultura da Ultracargo.
O último passo – uma licença poética, já que dificilmente podemos falar em “último” quando estamos tratando de um processo em que pretendemos ter uma continuidade – é alinhar com colaboradores de todos os níveis hierárquicos as expectativas que temos e o porquê de estarmos repactuando a cultura da empresa.
Afinal, são os colaboradores, da liderança à operação, que são responsáveis por dar os passos na direção dos objetivos traçados e materializar a estratégia de crescimento do negócio.
Fonte: RH pra você
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